Didática e Educação para o Trabalho: O Desafio do Novo Milênio

O mundo capitalista com sua lógica direcionada para os lucros, tem apresentado distorções que vem se reproduzindo já há algum tempo e já questionadas por um número significativo de autores, marxistas e até não marxistas.

No momento em que as discussões se voltam para as relações Escola-Trabalho, a questão das novas tecnologias torna-se importante, sobretudo quando se analisa a formação do novo trabalhador. O que se tem visto, é que a Lei 5.692/71 que ainda se encontra em vigor em quase toda sua totalidade, oferece uma concepção de trabalho de caráter tecnicista, que se apropria da tecnologia como se esta fosse mais uma propriedade do sistema capitalista, e não um produto do esforço humano.

Assim, o trabalhador quase sempre, é excluído do acesso a estas tecnologias, sendo treinado apenas, para conhecer o que é essencial à sua função específica, mas se vendo impossibilitado de conhecer a totalidade das novas técnicas, uma vez que estas fazem parte do patrimônio das empresas e conseqüentemente dos meios de produção que formam o capital.

Diante desta realidade, o que se vê é uma classe trabalhadora totalmente alienada e com uma consciência ingênua a respeito do trabalho, visualizado apenas como um meio de subsistência.

O mais grave de tudo isto, é o fato de que esta visão começa a ser formada na mente dos futuros trabalhadores dentro das escolas, uma vez que estas funcionam como elemento reprodutor de uma visão de mundo que é imposta pelo sistema de maneira tal que parece natural e universal.

Mudar este quadro tem…