Desmistificação da Mulher na Obra Cais da Sagração de Josué Montello Sob a Ótica do Existencialismo Sartreano

Para a mulher coube a função de reprodutora da espécie numa dimensão, histórica e culturalmente, favorecendo a subordinação ao homem. A mulher passa a ser considerada frágil e incapacitada para assumir a liderança e chefia do grupo familiar. Ao homem associou-se a idéia de autoridade devido a sua força física, e o poder de decisão fez com que ele assumisse o poder dentro da sociedade.

Enquanto o homem está ligado ao conceito de patriarcado, ele mantém seu lugar como representante da autoridade máxima na família o que lhe privilegia acessar as posições de mando dentro da sociedade.

No patriarcado, há uma supervalorização da esfera procriativa, ou seja, os papéis de mãe e esposa. Com a nova constituição, de 1988, foi que a mulher pôde gozar de plenos direitos, se tornado igual ao homem perante a lei.

As mulheres são também discriminadas no tocante ao acesso às relações matrimoniais. Elas possuem sua cidadania invisível.

Sabemos, todavia, que para reverter este quadro é necessário que toda a sociedade esteja sensibilizada a fim de que possam ser construídas novas relações de gênero, onde a justiça e a igualdade se sobreponham. O contexto cultural, igualmente, privilegia o homem e coloca a mulher em uma situação de subordinação, mascarando suas potencialidades e capacidades, reforçando a invisibilidade. Logo, as mulheres sempre foram tidas como seres inferiores, que vieram ao mundo exclusivamente para servir os homens, como assegura Montello: