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Monografia: IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DECORRENTES DA EXPANSÃO URBANA: UM ESTUDO DAS NOVAS OCUPAÇÕES DO ESPAÇO URBANO DE ITORORÓ A PARTIR DA CRISE DO CACAU NO FINAL DA DÉCADA DE 1980
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3. PROBLEMATIZAÇÃO
O processo de crescimento desordenado por que passa a maioria das cidades brasileiras, vem determinando perdas constantes nos elementos estruturais de seu funcionamento, notadamente naqueles mais relacionados com a qualidade de vida dos seus habitantes e usuários, sobretudo dos segmentos mais carentes. Isso se espelha não só nos itens que configuram as funções estruturais urbanas: habitar, circular, trabalhar e recrear, definidos pela Carta de Atenas (1933), mas nos aspectos psicossociais da satisfação humana de utilização do contexto físico, social e cultural dessas cidades.
Em verdade, quando a cidade começa a se expandir e receber os impactos das transformações de uso e ocupação do solo, modifica-se o seu desenho original, sua população cresce, surgem os chamados bolsões de pobreza, multiplicam-se as demandas, surgem, enfim, os efeitos nocivos da urbanização, quase sempre, acelerada e desordenada. Justamente aí é que também começa a se desumanizar. Isto seria o mesmo que dizer que ela começa a perder a supremacia dos valores humanos, dando lugar aos valores do comércio, da indústria. Decorrente disso, o aumento da produção de resíduos sólidos e seus acúmulos nas calçadas, nas praças e nos bairros, e todo um conjunto de fatores que terminam por deteriorar, o quadro geral do ambiente urbano.
A cidade de Itororó, que historicamente teve sua economia apoiada na atividade da pecuária e na cultura do cacau, viveu na década de 1970 a sua fase áurea, uma vez que essa última cultura – introduzida no município no final da década de 1950 – estava, nesse período, na melhor e mais expressiva fase de seu desenvolvimento no sul da Bahia. Essa realidade permitiu que inúmeras pessoas viessem trabalhar no município, em fazendas que desenvolviam a cacauicultura. É dessa época boa parte das casas comerciais instaladas hoje na cidade. A partir de então muitas ruas começaram a…
O processo de crescimento desordenado por que passa a maioria das cidades brasileiras, vem determinando perdas constantes nos elementos estruturais de seu funcionamento, notadamente naqueles mais relacionados com a qualidade de vida dos seus habitantes e usuários, sobretudo dos segmentos mais carentes. Isso se espelha não só nos itens que configuram as funções estruturais urbanas: habitar, circular, trabalhar e recrear, definidos pela Carta de Atenas (1933), mas nos aspectos psicossociais da satisfação humana de utilização do contexto físico, social e cultural dessas cidades.
Em verdade, quando a cidade começa a se expandir e receber os impactos das transformações de uso e ocupação do solo, modifica-se o seu desenho original, sua população cresce, surgem os chamados bolsões de pobreza, multiplicam-se as demandas, surgem, enfim, os efeitos nocivos da urbanização, quase sempre, acelerada e desordenada. Justamente aí é que também começa a se desumanizar. Isto seria o mesmo que dizer que ela começa a perder a supremacia dos valores humanos, dando lugar aos valores do comércio, da indústria. Decorrente disso, o aumento da produção de resíduos sólidos e seus acúmulos nas calçadas, nas praças e nos bairros, e todo um conjunto de fatores que terminam por deteriorar, o quadro geral do ambiente urbano.
A cidade de Itororó, que historicamente teve sua economia apoiada na atividade da pecuária e na cultura do cacau, viveu na década de 1970 a sua fase áurea, uma vez que essa última cultura – introduzida no município no final da década de 1950 – estava, nesse período, na melhor e mais expressiva fase de seu desenvolvimento no sul da Bahia. Essa realidade permitiu que inúmeras pessoas viessem trabalhar no município, em fazendas que desenvolviam a cacauicultura. É dessa época boa parte das casas comerciais instaladas hoje na cidade. A partir de então muitas ruas começaram a…
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